sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Roteiro: o que fazer em Brisbane (Austrália)

A Austrália foi a primeira grande viagem que nós fizemos juntas fora da América do Sul.
É um país com dimensões continentais e meio ambiente diversificado, indo de praias paradisíacas ao extenso deserto, cidades grandes e também lugares de neve (no inverno). Então para ver tudo em um curto espaço de tempo (e de $tempo$) é um pouco complicado. Nosso roteiro envolveu um pedaço da costa leste do país, passando por 3 cidades principais: Sydney, Gold Coast e Brisbane.

Brisbane é a capital do estado de Queensland, no nordeste do país. É uma cidade não litorânea e pequena, mas com ares de cidade grande (a 3ª maior cidade da Austrália). Lá tem de tudo e também tudo acontece. Se um grande show internacional vai a Sydney, por exemplo, com certeza também passará ou passou por Brisbane. Muitas casas de shows, lojas de departamento e de grifes, baladas, bares... nada a dever a nenhuma cidade grande de fato.

Créditos: Lachlan Fearnley (Wikipedia)



COMO CHEGAR?
Como fomos de Gold Coast para lá, o jeito mais fácil era pegar o trem Brisbane Airtrain. Em torno de 1 hora você chega a Brisbane. Mas a cidade também conta com um grande aeroporto internacional, o que facilita bastante se este for seu primeiro destino ou se você estiver vindo de Sydney, por exemplo.


ROTEIRO

Story Bridge
A icônica ponte Story atravessa o Rio Brisbane e é uma boa pedida para ser visitada durante a noite, por ser bonita e bastante iluminada. Mas para os aventureiros de plantão, é possível escalar e fazer rapel nela (30 metros de altura), até mesmo antes do nascer do sol. Em cima da ponte você terá uma vista incrível, com as Glasshouse Mountains e a Gold Coast Hinterland no horizonte.

Canoagem no Rio Brisbane
O Rio Brisbane tem intensa vida social e esportiva e você pode participar disso, às margens dele ou nele mesmo através das canoas disponíveis para aluguel.
DICA! Às noites de sexta-feiras e sábados, os caiaques são iluminados e fazem parte da beleza e luzes do rio.

CityCat
A cultura de transporte sobre os rios é muito forte na Austrália. Aproveite o CityCat e faça um tour pela cidade, navegando pelo Rio Brisbane.

Kangaroo Point Cliffs
Paredão de 20 metros para escalada, às margens do Rio Brisbane.

South Bank e South Bank Parkland
Austrália é marcante por suas praias maravilhosas, mas infelizmente Brisbane não foi abençoada com uma. Mas não é problema algum, visto que às margens do Rio Brisbane foi construída uma praia artificial. É uma ótima ir lá para se refrescar no verão, pois o calor é intenso! Os arredores são ricos em atrações: desde uma roda gigante (Wheel of Brisbane) até lojas, museus (QAG e GoMA) e restaurantes.
Créditos: Brisbane City Council



Jardim Botânico Mount Coot-tha
Um Jardim Botânico que fica no topo do monte Coot-Tha e possui um mirante com vista espetacular para a cidade.

Santuário Lone Pine Koala
O maior santuário de coalas do mundo. É possível abraçar e tirar fotos com um deles, além de observar todos os animais típicos de Austrália: cangurus, raposa-voadora (o maior morcego do mundo), cobras, crocodilos etc.

Chinatown

Toda cidade grande que se preze tem sua Chinatown. Brisbane é pequena, mas como dissemos tem ares de metrópole. O lugar fica em Fortitude Valley e possui grande variedade de lojas e restaurantes com temática oriental.
DICA! Experimente o super recomendado Yum Cha, café da manhã chinês com muita fartura.

Saint John's Cathedral


Diocese anglicana de Brisbane, um ponto turístico devido à sua história e rica arquitetura.

Walking Tours
Walking Tour de cervejas artesanais, Walking Tour de chocolates locais, Walking Tour de sobremesas, de comida asiática, de chá... são tantos Walking Tours envolvendo comidas e bebidas que você pode escolher o mais legal para se fazer.


COMPRAS
Queen Street Mall
The Queen Street Mall é assim chamado mas não é um shopping, e sim um calçadão com inúmeras lojas e muitos estilos. Destaque para os shoppings Myer Centre Mall; Wintergarden; QueensPlaza e Brisbane Arcade.
Créditos: Brisbane City Council



The Collective Market
Mercado a céu aberto de artesanatos, roupas, acessórios entre outros. Jovens designers vendem seus produtos descolados a preços interessantes.

James Street Precinct
Mais uma rua de compras e agitação, em Fortitude Valley.

The Outpost
Lojinha super bacana para os descolados.

VooDoo Lulu
A vida não nos fez góticas, mas esta loja bem poderia nos converter. É a loja mais sombria que já fomos, com roupas e acessórios maravilhosos e que você definitivamente não encontrará no Brasil.

Tem mais alguma dica legal sobre Brisbane? Escreva pra gente!
Informações sobre visto, trajetos de voos disponíveis, moeda, horário entre outras dicas sobre a Austrália, falaremos em um post mais adiante.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Machu Picchu: subindo a Huayna Picchu (Waynapicchu)

Você pode nunca ter ouvido falar em Huayna Picchu (jovem montanha, em quechua), mas ela é bem famosa! É aquela montanha maior à direita que aparece nas fotos clássicas de Machu Picchu. Ela está em todos os cartões postais, posts, revistas, sites e jornais por aí. E ela pode ser escalada, mas somente por alguns poucos sortudos por dia. Dá pra perder essa? Não, né?



Machu Picchu abre às 6h da manhã, chegamos lá umas 5h30 e já estava uma fila bem grandinha. Quanto mais cedo chegar, melhor. Você consegue ver o local ainda vazio, sem muitas pessoas disputando o melhor espaço para tirar uma foto. Entramos, andamos uns 2 minutos, e já vimos aquela vista linda de cartão postal logo de cara! Vimos tudo bem por cima e já fomos direto para a entrada da Huayna Picchu, pois compramos ingresso para subir logo no primeiro grupo, às 7h da manhã.

SUBINDO A HUAYNA PICCHU
Primeiro de tudo, se você quiser subir a Huayna Pìcchu, é necessário comprar o ingresso “Machu Picchu + Huayna Picchu” no site oficial do governo com antecedência (eu comprei 3 meses antes). Não é possível comprar lá na hora, somente 400 pessoas por dia sobem a montanha e esse ingresso esgota super rápido. Vale dizer que escalar a Huayna não é para qualquer um. Se você tem medo de altura ou dificuldades de locomoção, não passará nem da metade (de verdade). A subida é de aproximadamente 290 metros, e em geral, se leva 1h30 para subir e 1h30 para descer, dependendo do seu ritmo.

Na entrada, todos precisam deixar o nome e o horário de entrada anotado em um caderno, e na saída você anota o horário que deixou o local. É um controle para saberem se todos saíram no fim do dia.

A entrada da Huayna Picchu





O começo da trilha é bem tranquilo, dá para caminhar sem esforço. Você até pensa que tudo o que leu antes era um exagero. Mas logo começam a aparecer escadas e mais escadas. Tinha degrau alto, baixo, largo, estreito, liso, irregular. Eram degraus de todos os tipos, mas em alguns pontos tem um corrimão de corda na lateral para se apoiar. Pra ajudar, a altitude é cruel, eu ficava sem fôlego a cada 15 minutos e dava uma paradinha na escada mesmo, mas tem gente que nem sente e vai até o fim sem descansar. Até resolvi ilustrar esse momento com uma foto (aí embaixo).

Eu, mooorta, descansando e recuperando o fôlego.



Conforme você vai subindo, a vista vai ficando mais bonita. Dá pra ver o rio Urubamba virar só um fiozinho, as ruínas de Machu Picchu ficando pequenininhas, e as nuvens (sim, nuvens) ficando lá pra baixo. Sem falar da vista das montanhas em volta.

Machu Picchu vista lá de cima



Em alguns pontos, você precisa passar com muito cuidado, senão você simplesmente cai de lá de cima no precipício. Aí você se pergunta: é perigoso? Sim, é perigoso. Mas só é perigoso para os imprudentes! Se você vai com calma, no seu ritmo, sem se arriscar, não tem perigo. O perigo é levar um tombo sem querer. Mas respeite os seus limites que vai dar tudo certo.

Elton, meu amigo imprudente (mas sobreviveu).



Continuando a subida, uma hora você chega em um túnel estreito, praticamente um buraco no chão. Eu, que tenho 50 kg, achei bem claustrofóbico. Mas é bem curtinho e não é nenhum problema passar por lá. Logo depois, a gente vê uma passagem com pedras amontoadas. Quando passar por elas, você sabe que está quase chegando!




Eu comecei a achar mais fácil subir da metade pra cima. No começo eram escadas e mais escadas. Mas a partir do meio, escadas e caminhos retos se alternavam mais, e você ainda encontra alguns platôs no meio do caminho. E depois de uns poucos minutos de caminhada a mais, de repente você percebe que CHEGOU NO TOPOOO!




O topo da montanha são só pedras, exatamente como se vê na foto. Você pode se perguntar: "tudo isso pra ver umas pedras?". Mas pensa bem, o que importa não é o que tem no topo, é o que viu durante toda a jornada até lá. A vista de lá de cima nem é das melhores, mas quando você olha em volta, você percebe que está no meio das NUVENS! Não é neblina, são nuvens. A atmosfera lá em cima é simplesmente incrível! E também tem aquela coisa de missão cumprida, cheguei viva! \o/

Aí vem a descida. Temos que voltar, não é? Na subida você não vê que atrás existe um precipício, mas na volta sim! É um pouco assustador, em alguns momentos você tem que descer de bundinha. Mas pensando pelo lado bom, pelo menos cansa menos e a vista continua incrível!






Vale a pena subir a Huayna Picchu?
Absolutamente SIM! Eu saí de lá acabada, suada, com dores musculares, joelho doendo, mão ralada, meio suja, mas a experiência de subir esta montanha é indescritível. É um perrengue? Sim, do começo ao fim. Mas é um perrengue que vale super a pena pela vista magnífica, pelas pessoas que você conhece no caminho, e pela experiência em si que é passar por essa aventura. Garanto que você não vai esquecer desse momento tão cedo. Não é fácil chegar em Machu Picchu, então se você chegou até lá, aproveite para viver Machu Picchu por completo. O meu conselho é: se você tem condições físicas de subir a montanha, não tem medo de altura e quer viver uma experiência única, VAI SIM!

Yes, we did it!









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