segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Viajar na Pandemia

Apesar do número de infectados e mortes diárias pela Covid-19 estar cada vez mais baixo graças à vacina e ações de prevenção, eu e 2 amigas de longa data estávamos ainda com receio de viajar, mesmo que logo ali, na praia. 

Somos pessoas conscientes então, mesmo antes da viagem, seguimos ao máximo os protocolos estabelecidos desde o início da pandemia: isolamento social (quando possível), distanciamento (evitando lugares cheios e fechados), máscaras protetoras ao sair higienização das mãos o tempo todo, entre outros cuidados. Mas como o seguro morreu de velho, combinamos as três em fazer o teste RT-PCR por Swab (cotonete) em nasofaringe, que é o que mais se aproxima do diagnóstico real. Os exames foram agendados online e realizados em drogarias, pagamos em torno de R$ 99,00 e R$ 99,99 cada uma. 

Felizmente todas testamos negativo e no dia seguinte estávamos na estrada rumo a São Sebastião (litoral norte de São Paulo).

Apesar de todas terem carteira de motorista, nenhuma de nós já dirigiu em estrada, então preferimos acertar uma corrida de ida e outra de volta com um motorista que já fazia esse serviço. Ele nos buscou uma em cada casa, e nos deixou também na porta de casa na volta. Foi bem confortável e, claro, paga-se mais caro por este conforto. Acertamos R$ 400,00 ida e volta para cada passageira. Sim, um preço bem salgado, admito. 






Poderíamos optar em ir de ônibus, mas novamente, não queríamos nos arriscar mais do que já estávamos nos arriscando em tempos de pandemia. Então o custo-benefício para nós foi excelente.

Na mala levamos algumas máscaras novas do modelo PFF2, além de uma caixa de máscaras cirúrgicas descartáveis para dar um descanso às nossas PFF2. Levamos ainda um pote bem generoso de álcool em gel e cada uma carregava o seu próprio vidrinho quando estávamos fora do quarto do hotel.

No hotel que ficamos, o Aldeia de Sahy (na Praia da Barra do Sahy), o que antes era um buffet de café da manhã, virou um à la carte (opções escolhidas de um cardápio com muita variedade). À disposição para servir você mesmo (self-service), tem pães em saquinhos separados; queijo branco fresco, muçarela e presunto em porções, iogurtes naturais e cereais, tudo coberto por filme plástico, além de acompanhamentos fechados e não-manipulados para passar no pão (manteiga, cream cheese, Polenguinho entre outros). Em uma mesa menor ficam dispostas as garrafas de café, leite e água quente; chás em saquinho, além de açúcar, adoçante e sal em sachês. Em cada mesa de se servir, existem potes de álcool em gel à disposição. É solicitado que se higienize as mãos antes de manipular os produtos e objetos das mesas.

Todos os funcionários do estabelecimento usam máscaras e os hóspedes também devem usar máscaras em ambiente de uso comum. Na área da piscina, como não era alta temporada, cada grupo conseguiu sentar e se banhar distante dos outros grupos.

Na praia íamos e voltávamos de máscaras. Ficamos distantes de outros grupos e quando passavam turistas ou comerciantes próximos a nós, colocávamos a máscara novamente. Além disso, todos os comerciantes, sejam de barracas ou ambulantes, aceitavam Pix (novo modo de transferência digital de dinheiro). Isso ajuda a não termos contato mão a mão com outras pessoas.

Dito tudo isso, seguimos todos os protocolos que conseguimos seguir. É um risco ainda sair de casa e viajar, mas com todos esses cuidados, voltamos sãs e salvas (literalmente).


E você? Tem alguma dica para viajar mesmo na pandemia? Conta pra gente!

sábado, 2 de outubro de 2021

Barra Do Sahy: Uma Joia Do Litoral Norte

Quem mora na capital de São Paulo tem diversas opções de praias para visitar no litoral do estado. O Litoral Sul é mais concorrido, pela distância mais curta para se viajar. Devido a isso, o Litoral Norte é muitas vezes procurado por turistas que almejam praias mais sossegadas e com poucas alterações urbanísticas.

Uma das pérolas do Litoral Norte é a conhecida Praia da Barra do Sahy, na cidade de São Sebastião. A praia está a 2h30 de carro da capital (aproximadamente 150km) e é um oásis para quem procura tranquilidade na areia e no mar: a Associação de Moradores sinaliza em alguns pontos da praia que ouvir música em som alto não é uma prática bem-vinda; além disso, o mar é tranquilo, com ondas calmas e pontos de desembocadura de rio e piscina natural, com águas muito brandas. Um lugar altamente recomendado para famílias com crianças pequenas e casais de meia-idade e idosos que gostam de viajar a dois ou em grupo.


Viajar Para A Praia Na Pandemia

Apesar do número de infectados e mortes diárias pela Covid-19 estar cada vez mais baixo graças à vacina e ações de prevenção, estávamos ainda com receio de viajar. Fomos em 3 amigas de longa data, sabendo que todas tentam seguir ao máximo os protocolos estabelecidos: isolamento (quando possível), distanciamento (evitar lugares cheios e fechados), máscaras protetoras e higienizar as mãos o tempo todo, entre outros cuidados.

Mas como o seguro morreu de velho, combinamos as três em fazer o teste RT-PCR por Swab (cotonete) em nasofaringe, que é o que mais se aproxima do diagnóstico real. Os exames foram agendados online e realizados em drogarias, pagamos em torno de R$ 99,00 e R$ 99,99 cada uma. 

Felizmente todas testamos negativo e no dia seguinte estávamos na estrada rumo a São Sebastião.

Apesar de todas terem carteira de motorista, nenhuma de nós já dirigiu em estrada, então preferimos acertar uma corrida de ida e outra de volta com um motorista que já fazia esse serviço. Ele nos buscou uma em cada casa, e nos deixou também na porta de casa na volta. Foi bem confortável e, claro, paga-se mais caro por este conforto. Acertamos R$ 400,00 ida e volta para cada passageira. Sim, um preço bem salgado, admito. 






Poderíamos optar em ir de ônibus, mas novamente, não queríamos nos arriscar mais do que já estávamos nos arriscando em tempos de pandemia. Então o custo-benefício para nós foi excelente.

Na mala levamos algumas máscaras novas do modelo PFF2, além de uma caixa de máscaras cirúrgicas descartáveis para dar um descanso às nossas PFF2. Levamos ainda um pote bem generoso de álcool em gel e cada uma carregava o seu próprio vidrinho quando estávamos fora do quarto do hotel.

No hotel que ficamos, o Aldeia de Sahy, o que antes era um buffet de café da manhã, virou um à la carte (opções escolhidas de um cardápio com muita variedade). À disposição para servir você mesmo (self-service), tem pães em saquinhos separados; queijo branco fresco, muçarela e presunto em porções, iogurtes naturais e cereais, tudo coberto por filme plástico, além de acompanhamentos fechados e não-manipulados para passar no pão (manteiga, cream cheese, Polenguinho entre outros). Em uma mesa menor ficam dispostas as garrafas de café, leite e água quente; chás em saquinho, além de açúcar, adoçante e sal em sachês. Em cada mesa de se servir, existem potes de álcool em gel à disposição. É solicitado que se higienize as mãos antes de manipular os produtos e objetos das mesas.

Todos os funcionários do estabelecimento usam máscaras e os hóspedes também devem usar máscaras em ambiente de uso comum. Na área da piscina, como não era alta temporada, cada grupo conseguiu sentar e se banhar distante dos outros grupos.

Na praia íamos e voltávamos de máscaras. Ficamos distantes de outros grupos e quando passavam turistas ou comerciantes próximos a nós, colocávamos a máscara novamente. Além disso, todos os comerciantes, sejam de barracas ou ambulantes, aceitavam Pix (novo modo de transferência digital de dinheiro). Isso ajuda a não termos contato mão a mão com outras pessoas.

Dito tudo isso, seguimos todos os protocolos que conseguimos seguir. É um risco ainda sair de casa e viajar, mas com todos esses cuidados, voltamos sãs e salvas (literalmente)!


Sahy: Um Lugar Super Família

Como fomos em 3 amigas em seus 30 e alguns anos, fizemos esta análise: a Barra do Sahy é um local para famílias. Mas não deixe de ir por isso caso seja solteiro! Na praia, famílias e grupos de amigos convivem super bem. Além disso, é uma praia segura e sossegada, o que nós três estávamos procurando para nos reencontrarmos pela primeira vez depois de 1 ano e meio de pandemia declarada.

Porém, fique atento ao reservar seu hotel (caso escolha hotel para se hospedar). O Aldeia de Sahy, por exemplo, é totalmente familiar, por isso é estritamente proibido fazer barulho depois das 22h. Respeitamos às ordens, claro, mas também acordávamos às 6h ou 7h da manhã com as crianças dos outros hóspedes batendo paredes e portas ao despertar.

De qualquer forma, nossa viagem teve essa pegada mais tranquila, então não foi algo que realmente nos incomodasse. 


O Hotel Aldeia de Sahy

O hotel Aldeia de Sahy é excelente em estrutura e acomodações. Investimos um pouco mais do que costumamos para ter acesso próximo à praia (o hotel fica a apenas 150 metros da praia) e também para termos todo o conforto e lazer que um hotel nessa categoria pode oferecer. 

Optamos pela acomodação Flat Standard, com dois quartos, 1 cama queen size e duas camas de solteiro, sala com TV a cabo e DVD, cozinha com todos os aparatos para cozinhar, 1 banheiro com ducha e pia quentes, além de um secador de cabelo, e uma varanda super bonita e aconchegante, com direito à rede e uma vista maravilhosa do hotel.

O Hotel é rodeado pela Mata Atlântica, então é literalmente botar a cara na janela e apreciar aquela mata linda e o som dos bichinhos que moram lá.

Os ambientes comuns são muito bem cuidados e com uma decoração de muito bom gosto. Dispõem de piscinas adulto e infantil, sauna, spa, restaurante, bar e playground para os pequenos. Ah, um destaque para os vários tanques de carpas espalhados pelo hotel, aparentemente muito bem cuidados e com água corrente e limpa 24 horas por dia.

O staff do hotel é formado por funcionários super respeitosos e simpáticos, sempre solícitos e prontos para nos ajudar.

Na praia, o hotel disponibiliza de guarda-sóis e cadeiras de praia gratuitamente para seus hóspedes. Caso você opte por ir em um fim de semana, esses itens serão muito disputados! Então corra ou faça como nós, fique próximo à Barraca da Kelly, desfrute de bebidas e porções e, com um consumo mínimo de R$ 20, você não paga por usar as cadeiras da barraca.

Por fim, a experiência neste hotel foi excelente. Só não sei se voltaremos porque o público é realmente familiar, o que não se encaixa quando viajamos entre amigas.












A Praia da Barra do Sahy

Como disse anteriormente, Barra do Sahy é uma praia familiar, o que não impede de grupos de amigos visitarem e se sentirem bem lá. É um lugar agradável para todos, além de muito seguro, tanto na areia quanto no mar. A faixa de areia é extensa, então do lado esquerdo fica a desembocadura do rio, com águas escuras e calmas, e do lado direito, uma piscina natural (a qual não visitamos). Do lado da piscina natural nos falaram que existe uma trilha para outra praia, mas também não chegamos a fazer esse passeio.



Do lado do rio, o turista pode ir de barco/lancha até às Ilhas (que na verdade é uma ilha só, mas parecem três). Também não fizemos este passeio, mas na próxima vez iremos com certeza, pois parece muito bonito. Você pode fechar este passeio pelo hotel ou com o próprio barqueiro. Pelo que pesquisei, o passeio fica em torno de R$ 40 por pessoa.

Caso queira ficar em terra firme, você pode caminhar ao lado da margem do rio e irá se deparar com uma ponte comprida para pedestre, feita de madeira e que atravessa o rio. A estrutura é muito firme e bonita, atualmente pintada de azul e branco. Ela liga a praia à Igrejinha da Barra do Sahy, um lugar muito simpático e bem cuidado, que vale a pena ser visitado mesmo se fechado, pois rende ótimas fotos! A ponte também é uma forma de acesso da população e dos turistas que vêm do lado esquerdo visitar a praia.

Para finalizar, visite um dos acessos à praia que é uma viela com um mural de artes de rua muito interessante, repleto de pinturas, grafites, pixos de resistência, mosaicos e placas.

E aí, gostou de saber um pouco mais sobre a Barra do Sahy? :) Comente aqui embaixo, vamos adorar!

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Relato de Cicloviagem: Circuito do Vale Europeu em Santa Catarina

Desde que fui a primeira vez para o Circuito do Vale Europeu, em Santa Catarina, percorrendo a rota a pé, não saía da cabeça a ideia de voltar para fazer a mesma rota de bicicleta.
A ansiedade era tanta que, descendo do ônibus na rodoviária de Timbó/SC, vindo de Blumenau, já tirei a bike do bagageiro e a montei ali mesmo.
Menos de 3 km percorridos e já estava no Timbó Park Hotel para uma noite de descanso e preparativos para o circuito. No hotel há uma boa estrutura para quem viaja de bicicleta, com local para guardar a bike e cavalete para reparos. Além disso, a equipe é bem informada sobre tudo. Aliás, todo o circuito é bem preparado para receber os cicloturistas. Os estabelecimentos se conhecem, se falam, trabalham com produtores e produtos locais, e já fazem isso há mais de 10 anos.
No hotel, peguei um kit do circuito que continha informações do trajeto, guia, altimetria e um passaporte para ser carimbado nas localidades. Aproveitei a tarde para visitar o Museu da Música (a 5 km do hotel) e fazer alguns ajustes na bike.
No dia seguinte, depois do café reforçado no hotel, ganhei um sanduíche para o primeiro dia de trilha, e ainda me fizeram a gentileza de guardar a mala-bike até a volta, 8 dias depois.



1º dia. Timbó - Pomerode.

Saí por volta das 9h. O Sol já estava bem forte, e os primeiros 15 km (do total de 50,5 km) foram bastante lentos. Era a primeira vez que viajava de bicicleta, sozinho, no estilo bikepacking conforme tinha aprendido num curso com o Guilherme Cavallari, sem alforges, utilizando bolsas que adquiri da Aresta Equipamentos, feitos sob medida. Uma bolsa no quadro, uma no selim, e uma no guidão. A princípio, tinha achado melhor colocar a maior parte do peso na bolsa do selim, pois pensei que mais peso atrás, faria com que a roda de trás derrapasse menos nas subidas de terra. Só que nas descidas e lombadas, ela tinha uma certa flexibilidade que a fazia bater no pneu. Passei o peso pra frente, e aí foi a vez da bolsa da frente bater no pneu quando a suspensão se contraia. Consegui balancear mais ou menos, mas esses ajustes tiveram que ser feitos durante toda a viagem.



Lá pelo quilômetro 25, iniciou-se uma longa subida. Foram mais de 900m de ganho de elevação. Com o Sol das 2 da tarde rachando coco, parei pra comer o sanduíche debaixo de uma das poucas sombras da subida. Eram árvores de 30, 40 metros. Depois de alguns minutos sentado ali, ouvi o que parecia ser um motor pegando no tranco, ou um tiranossauro com dor de dente... Na dúvida entre terminar de comer o sanduíche e sair correndo, peguei a câmera.
No alto das árvores, uma turma de macacos bugios pulava de galho em galho e parava para comer alguma coisa. Acabei com meu lanche antes que se interessassem por ele e fiquei mais de uma hora ali, assistindo. O maior deles era o tiranossauro. Alguns tinham filhotes nas costas. Nenhum se importou com minha presença. Alguns carros passavam subindo pela estrada eventualmente. Ninguém olhou pra cima. Passou um de moto. Me cumprimentou com o típico aceno de mão da região, mas também não reparou na festa acima dele.
O quanto deixa de ser visto quando a gente viaja rápido?



Rápida foi a descida, do outro lado da montanha. O mesmo tanto que levou horas para subir, levou poucos minutos para descer. Com um sorriso empoeirado na cara e os joelhos meio trôpegos, cheguei em Pomerode/SC.
A Pousada Max tinha um “estacionamento” para bicicletas na sala, de piso de madeira, antigo e brilhante. Deu dó de estacioná-la ali, mas achei bem legal.
Um bom banho e a perspectiva de uma currywürst nesta cidade de colonização alemã, fizeram o dia terminar satisfatoriamente.


2º dia. Pomerode - Indaial.

A senhora que cuidava da recepção me deu bom dia e uma má notícia. Na sala de piso de madeira lustrado jazia meu pneu traseiro murcho. Eu havia me preparado minimamente para a viagem, fiz curso básico de mecânica, e já tinha precisado fazer remendos algumas vezes. Estufei o peito com toda a confiança do mundo, dei de ombros e fui tomar café. Prioridades, né?



O café da manhã é muito bom. Em geral, as pousadas usam produtos locais como geleias, bolos, cucas, manteiga, entre outros. São coisas mais caseiras e menos industrializadas, incentivando o comércio da região. Mais uma vez me ofereceram frutas para o lanche do dia. Aceitei a gentileza e fui arrumar o pneu. Primeiro percalço do dia: não achei o furo. Troquei por uma câmara reserva. E fui atrás de uma bicicletaria. Não achei prudente continuar a viagem sem remendar a outra câmara. Me perdi na cidade com as indicações da senhora, mas encontrei um cara lavando o carro no quintal, que também era ciclista, e me indicou o caminho certo. Na bicicletaria, acabei remendando a câmara, trocando o pneu traseiro, já meio careca, por um novo e comprando luvas, porque só tinha levado luvas para o frio.
No caminho de volta para a pousada, vi uma banda e um grupo de dança alemã na praça. Também passei por um evento de acampantes, trailers e motorhomes. No fim, o atraso com o pneu teve um lado bom.
De volta à pousada, tomei outro café, prendi as bolsas na bike e saí. Quase 11 da manhã, o Sol já fritaria um ovo facilmente no topo do capacete.
À frente, 40 km de pedal, duas grandes subidas acumulando mais de 1.000m de elevação. Foi o dia que o ritmo foi mais devagar. As várias casinhas estilo enxaimel me faziam parar a toda hora para uma foto, ou uma olhada mais curiosa. Os mercadinhos me faziam parar para um sorvete. As sombras para tomar água, limpar os óculos e secar a testa.
Em um dos mercadinhos, comprei um sorvete e fiquei na porta já pensando em pegar um segundo. Um senhor atrás de mim foi atendido em alemão pela senhora do caixa. Fiquei de ouvidos. Estudei um pouco, anos atrás, e resolvi testar o básico. Peguei outro sorvete e perguntei se tinha suco de laranja, em alemão. Nem queria suco de laranja, mas só lembrei de “Orangesaft” na hora. A senhora sorriu, e foi gentil em responder onde estava e me falar o preço em alemão. Depois explicou que o alemão deles é diferente, foi de alguma forma adaptado. Disse que como falam é diferente da ortografia, mas que ainda é um dialeto bastante comum entre os mais velhos e mais afastados da cidade.
Depois de 2 sorvetes e um suco, saí para a segunda subida do dia. Na metade, cansei. Subi o resto empurrando e parei no topo para comer. Só faltava descer, então fiz filmagens e fotos, e consultei o mapa offline do celular para ver onde ficava o hotel que eu tinha reservado. Precisaria repassar o final do roteiro do dia, e atravessar o centro da cidade. No final da descida parei novamente para conferir a quilometragem. Cadê o celular? Segundo percalço do dia. Lembrei de ter ouvido vagamente um estalo durante a descida. Cheguei até olhar pra trás. Me pareceu um galho ou algo assim e não era muito longe. Tive a esperança de que o celular tivesse caído ali. Caso contrário, o mais provável é que tivesse deixando no topo da montanha, 11 km atrás! Por sorte o galho era o celular. E não tinha quebrado! Passado o momento de desespero, continuei a trilha até parar na sombra de um ponto de ônibus para comer uma maçã e olhar o riacho que passava atrás.



Cadê meu Crocs? Eu trazia um par desse ícone da moda dos calçados preso aos elásticos da bolsa do selim. Sumiu, não vi cair. Terceiro percalço do dia. Mas por sorte, um dos pés estava a apenas algumas centenas de metros atrás, e o outro um pouco além.
Chegando na cidade, atravessei a ponte do rio Itajaí-Açu e cheguei à placa que demarcava o fim do segundo dia. Conferi se não tinha perdido mais nada e segui para o hotel.
Indaial é a cidade inicial e final para quem percorre a rota a pé, e o Hotel Fink era o mesmo que fiquei da outra vez. Foi um pouco nostálgico voltar lá.
A cidade não tinha muita coisa aberta à noite. Achei uma hamburgueria para jantar e fui dormir cedo.


3º dia. Indaial - Apiúna - Ascurra - Rodeio.

Apesar de passar por 4 cidades, esse dia é bastante plano. A cidade de Apiúna/SC é opcional no roteiro, mas achei interessante voltar lá por fazer parte do roteiro a pé, e ter um restaurante barato para almoçar. Já estava cansando de sanduíches.
No restaurante encontrei um grupo que estava pedalando pela região e um deles acabou seguindo comigo até Ascurra/SC. Ninguém menos que Eder Strutz, que conhece muito bem a região e tem um canal de cicloturismo no Youtube. Ele foi uma boa companhia, fomos papeando sobre trilhas e sobre a região. Em Ascurra parei na pousada da Nona Rosina, para carimbar o passaporte e tomar uma água. Um casarão antigo e belíssimo, onde fiquei sabendo que teria um recital de piano à noite. Deu vontade de ficar, mas já tinha reserva em outra pousada, na cidade de Rodeio.
Pedalando até Apiúna, o dia total deu 26km. E a cidade de Ascurra é bem próxima de Rodeio.
Estava ansioso para chegar em Rodeio, pois é uma cidade de colonização italiana, tutti buona gente, e a pousada onde ficaria dizia ter uma oficina tipográfica.
Antes tive que parar para tirar fotos de um avestruz, que avistei vivendo numa fazenda. Não é todo dia que a gente vê um avestruz…



Parecia inusitado ter uma oficina tipográfica tão rara no Brasil, tão rara nesse século, numa cidade tão pequena, numa pousada no pé da montanha. Mesmo sendo 3km fora da rota, não tive dúvida que precisava conhecer.



A Quinta da Gávea é uma pousada bastante aconchegante comandada pelo Cristiano, escritor/poeta, professor de língua portuguesa dos índios da região; pelo designer gráfico Jackson e pela ex-bombeira Patrícia. Pessoas boníssimas que me acolheram como um amigo. A pousada também é um espaço criativo, biblioteca e onde funciona a oficina tipográfica (chamada Papel do Mato), onde Cristiano e Jackson editam e publicam suas artes, livros e poemas.


4º dia. Rodeio - Benedito Novo (Zinco).

Saí por volta das 10 horas da pousada, e fui até a placa de início do 4º dia, no centro de Rodeio. Tinha tido uma boa noite de papo e descanso, e a previsão era de chuva na parte da tarde, então decidi acelerar o ritmo. Mas essa decisão durou pouco tempo, pois seriam 31km apenas nesse dia (predominantemente subida). Passei pelo Caminho dos Anjos, e eles me observavam passando vagarosamente morro acima. Tive sensação que eles davam sorrisinhos de deboche do meu esforço.



Fui quase sem parar até a bifurcação que leva para a Fazenda Campo do Zinco, que estava no roteiro como opcional, ou para Doutor Pedrinho/SC. Opcional para mim é obrigatório. Então já tinha reservado a pernoite na fazenda. É preciso reservar porque não é uma pousada que fica sempre aberta, só funciona para hospedagem quando tem alguma reserva. Tinha vontade de voltar lá. Quando fiz o circuito a pé, peguei o caminho errado nessa bifurcação, andei à toa e debaixo de chuva. Fiquei sozinho rindo disso enquanto comia umas bananas. Desci os 8 km entre a bifurcação e a porteira da fazenda e parei um pouco. Lá tem um aviso de que só se pode entrar com autorização e com reserva na pousada. Eu não tinha certeza de que estariam me esperando, porque não tinha conseguido fazer o depósito do pagamento anteriormente. Teoricamente estava combinado, mas havia essa questão. Esperei uma meia hora. Ainda estava cedo, e a tal chuva ainda não tinha dado sinal. Havia uma subida dura à frente, e minha esperança era que a Margarethe ou o Elon, donos da fazenda, passassem por mim e confirmassem que estavam me esperando lá em cima.
Algumas nuvens começaram a se formar, então resolvi subir. E que subida! As batatas da perna gritavam. Agora com o peso extra na bicicleta, que fazia os meses de treino anteriores parecerem nada. Quase no fim da subida, Andreas passou por mim com sua caminhonete. Logo depois, Margarethe me cumprimentou e seguiu em frente. Gentilmente, ela tinha se oferecido para levar minha mochila. Mas agora era questão de honra subir com tudo! A honra às vezes nos faz imbecis.
Na pousada me receberam com um chocolate gelado e uma cuca. Não tomo leite, mas não recusei. Estava ótimo.
A pousada é a própria casa principal da fazenda, com alguns quartos para hóspedes. Margarethe é quem cozinha. Extremamente bem, diga-se de passagem. Vale o trecho opcional e o subidão, só pela comida. A fazenda protege uma grande área de mata nativa, bem como a Cachoeira do Zinco, outro atrativo do local que vale a pena a subida.
Andreas me contou que a criação de trutas já não existia mais. Os postes de alta tensão instalados pela companhia de luz na crista da montanha, fizeram a terra descer a encosta com as chuvas e estragar os açudes da criação. Não houve ressarcimento, nem nada. Agora, estavam tentando implantar a cultura do mirtilo (blueberry) na região. É um pessoal esforçado e trabalhador, que apesar dos reveses da vida, acredita na proteção da natureza acima do lucro a qualquer custo.
Dei uma volta na área, tirei algumas fotos, e fiquei um tempo sentado num banco à beira do lago vendo as muitas aves que voavam baixo ou pousavam perto. As nuvens chegando cada vez mais perto ameaçando chover. Fui tomar um banho.



O jantar foi extremamente farto. Oito ou nove pessoas teriam trabalho para dar conta de tudo, mas fomos só nós três. Dormi profundamente. Lá não pega internet. E realmente dormir num silêncio absoluto (ou com o barulhinho da chuva) é uma experiência que não se pode mais perder quando a oportunidade surge em um mundo tão barulhento em todos os sentidos.


5º dia. Zinco - Dr. Pedrinho

De manhã, um café da manhã dos deuses. Não dava vontade de ir embora, mas fui, pensando em desculpas para voltar. Até pensei em me oferecer para ajudar Andreas com a lida na plantação de mirtilos e ficar mais um dia. Mas já tinha reservado a próxima pousada.

Mas, de qualquer forma, não gosto de viajar com reservas, datas e horários pré-determinados, acho limitante. E também acho que a segurança de ter um lugar reservado pra dormir nem sempre vale a pena se tenho que abrir mão de oportunidades que surgem, ou de simples mudança de planos que poderiam proporcionar outras experiências.



Todavia a região não é tão sortida assim de estrutura turística. As pousadas podem estar lotadas, ou fechadas. E eu não estava preparado para dormir em qualquer lugar dessa vez.
A descida do Zinco até a bifurcação teve que ser com calma por conta do barro. E aproveitei para ir tirando fotos da cachoeira que ficava para trás.
Pedalei tão absorto em pensamentos que cheguei rápido em Dr. Pedrinho, na pousada da Dona Hilda. A pousada recebe caminhoneiros e viajantes, e ainda estava servindo almoço. Aproveitei e fiz um “pratinho”. Comida simples, mas bem saborosa. Depois fui dar uma volta na cidade e tomar um café. A volta toda, mais a parada pro café, não durou meia-hora. Porque a cidade é só isso mesmo. Duas quadras de casas, a pousada, e um café…
No café, alguns políticos em campanha eleitoral vieram me cumprimentar e puxar assunto, com sorrisos bem treinados. Pedi um bolo para tirar o amargo do café.
Voltei para a pousada e comecei a planejar o restante da viagem. Ainda não tinha programado nada daí pra frente. Dona Hilda tentou me ajudar a fazer contato com as pousadas de Rio dos Cedros (Alto Cedro), mas estavam fechadas e não iam abrir pra receber apenas um viajante.
Na Quinta da Gávea, tinham me sugerido ficar na pousada da Família Duwe, mas eu estava com certo receio porque o método para se chegar lá não estava muito claro para mim. De qualquer forma, foi o único lugar que poderia me receber.


6º dia. Dr. Pedrinho - Rio dos Cedros

Dormi com certo receio e acordei cedo demais. Dona Hilda tranca a pousada e só abre às 7h. A noite não tem onde ir, então porque não trancar e deixar os hóspedes presos? Quando abriu, botei as bolsas na bike, tomei café e repassei as informações com Dona Hilda. A sugestão dela era ir pela rota que levava à Cachoeira Véu de Noiva. Peguei esse caminho, mas voltei depois de uns 4 km. Me pareceu estranho. Uma estrada de terra batida, quase pavimentada, larga. Não tinha graça.
Voltei até a cidade e peguei o caminho para a Gruta Sto. Antônio. 30 km com mais de 1000 metros acumulados de elevação. Subidão de novo, mas já estava mais adaptado.



O final do caminho é bem bonito. Quando as subidas terminam, você dá de cara com o início da represa, E logo chega à placa de fim do dia.
Ali começava minha preocupação. Segundo o pessoal da Quinta, e Dona Hilda, eu teria que andar uns 3 km beirando a represa à esquerda, encontrar um poste com uma placa escrito Família Duwe, e um banquinho de madeira.
Não tinha ideia de como seria isso, fui pedalando devagar e tentando ver, da margem, alguma coisa entre as árvores. Não passei por nenhuma construção, casa, ou pessoa pra quem pudesse perguntar, mas por fim achei o tal banco.
Sem telefone, nem contato, sentei e fiquei olhando para onde a seta na placa apontava, o outro lado da represa. Comi, bebi, e depois de um tempo vi um senhor descendo a margem do outro lado. Peguei a câmera, troquei a lente para uma 70-300mm e joguei o zoom lá longe. De galochas ele continuou descendo, soltou um barquinho que estava preso na borda e veio de pé, remando.



Quando chegou há uns 100 metros do barranco onde eu estava, apontou para a margem mais a frente, onde ele atracaria. Fui até lá e ele já foi pegando a bicicleta com a bagagem toda e colocando no barco. Se apresentou como Raulino Duwe, apontou onde eu deveria sentar e saiu remando.
Sr. Raulino foi um dos personagens mais sensacionais que conheci nessa viagem. Há mais de 11 anos ele tem essa pousada, já recebeu ônibus com mais de 40 pessoas, e atravessou todas elas no barquinho. Participa do circuito desde o começo e não quer fazer outra coisa. Um coração enorme que de pronto me ofereceu um omelete e já foi lá no galinheiro negociar os ovos com as galinhas. Super disposto a conversar, a dar atenção, a fazer companhia, contar as histórias da região. Super consciente de valor da cultura local, da necessidade de envolver os produtores da região, do valor da vida simples e de fazer parte de algo pelo bem de todos.
Passamos boas horas conversando e aprendi muito com ele.
As pessoas que a gente conhece nas viagens fazem muita diferença em como a gente percebe as coisas. Não era uma pessoa que estava conversando comigo porque queria vender algo pro turista, ou porque tinha algum interesse.
Me deixou à vontade para andar pelo sítio, e me chamou quando o jantar ficou pronto.
Ainda ficou contando histórias e respondendo minhas perguntas com a maior boa vontade, fazendo companhia para que eu não jantasse sozinho.


7º dia. Alto Cedro - Palmeiras.

Tomei o café da manhã, deixei um agradecimento no livro de visitas e preparei a bike para partir. Sr. Raulino me atravessou de volta pro outro lado da represa e nos despedimos.



Fiquei um tempo olhando ele voltar. Pensando até que ponto a vida que eu levo na cidade grande vale a pena. Precisamos mesmo disso?

O trecho até Palmeiras era desconhecido pra mim. Os mochileiros não passam por essa parte alta da represa. E põe alta nisso. O ponto mais alto de todo o circuito é nesse trecho. Numa parte meio feia de plantações de eucaliptos e pinheiros. Feia porque tinham acabado de cortar boa parte da plantação, então parecia um cenário pós-apocalíptico.
Por sorte, tinha preparado um sanduíche no Sr. Raulino, porque nesse trecho não há nada, lugar nenhum pra se comprar algo.
O único ponto de apoio era uma fazenda, saindo da rota, que oferecia uma visitação à cachoeira Formosa. Alguém tinha me sugerido que valia a pena a visita.
Saí da estrada e entrei na propriedade privada, algo em torno de 2 km até a casa sede.
Ali, tinha placas indicando a trilha para o mirante da cachoeira, área de picnic, banheiros. Mas ninguém para me receber. Encostei a bicicleta onde a trilha iniciava e fui ver a cachoeira. Eram dois mirantes. Fiquei um tempo lá tirando fotos, comi umas castanhas, brinquei com um gato que me seguiu e voltei para a casa. Ninguém.
Esperei um pouco e pensei em deixar o dinheiro da taxa de visitação com um bilhete debaixo da porta. Precisava ir embora.
Já arrancando a folha do caderno, uma porta abriu e uma música veio de lá, junto com a piaçava de uma vassoura jogando pó pra fora.
Chamei: “ô de casa”.
Um jovem cabeludo veio me receber. Eu disse que já tinha visto tudo, pedi desculpas por ir entrando, mas como chamei e ninguém apareceu… Trocamos algumas palavras mais, paguei e fui embora. Agora era praticamente só descida.
Pedalados 40 km nesse dia, cheguei ao Mercado/lanchonete/restaurante/pousada Palmeiras. Na beira da represa. Única pousada da região.
Pedi uma coca. E fui para o quarto. Descida também cansa.
O quarto era isso: Uma cama, e só. Nenhum móvel mais. Nem TV. Nem nada.
Fui tomar banho no banheiro coletivo e na volta a luz do quarto queimou.
Desci na lanchonete (a parte mercado já tinha fechado e quem cuidava da pousada já tinha ido embora) e me arrumaram uma lâmpada extra. Por sorte a lanchonete também servia jantar… E que jantar, uns 8 pratos diferentes! Dava para umas 4 pessoas fácil.
Dormi estufado.


8º dia. Palmeiras - Benedito Novo - Timbó

O mapa apontava uma longa descida. Tirei um pouco o peso da frente da bike e fui.
Tive que parar duas ou três vezes para esfriar as pastilhas de freio. O tempo estava meio fechado e havia alguma neblina nos primeiros quilômetros. No final da descida, uma ponte de madeira coberta atravessava o rio. Eu não cruzaria a ponte, mas parei pra tirar fotos e beber água. Umas senhoras conversavam em frente a uma casa e ficaram me olhando.
Até pensei em puxar papo, mas a cara delas não parecia muito amigável.



Continuei. O restante do caminho talvez possa ser considerado o mais bonito. Boa parte beirando o rio que corria entre as pedras. As árvores e as nuvens amenizavam o calor. E o barulho do rio dava uma paz de espírito.
Uma última subida escondia a chuva do outro lado da montanha, e ao chegar próximo a Timbó, já tinha decidido que não iria embora nesse mesmo dia.
Quando atravessei a ponte do restaurante Thapyoka, ponto final do circuito, parei. As pessoas ali, tirando selfies na represa, não tinham ideia do que eu tinha feito, não me conheciam, não tinham porque me dar os parabéns, nem eu tinha porque compartilhar o que vivi naqueles dias com eles. Não conhecia ninguém e aquela respirada profunda de quem realizou algo, ninguém percebeu. Mas viajar sozinho e cumprir uma jornada dessas é isso: A comemoração é consigo mesmo. 300km de pedal que ninguém me tira.


Voltei para o mesmo hotel do início e pedi um quarto. Tomei um banho. Botei uma roupa limpa, e tirei um cochilo. Quando acordei, comprei a passagem de ônibus pela internet e fui jantar.


Último dia - Timbó.

Sem a obrigação de pedalar, acordei tarde. Tomei vários cafés acompanhando cada um com um bolo diferente. E tudo mais que tinha no buffet.
O único ônibus para São Paulo só sairia às 20:45h. Pedi para fazer o check-out mais tarde e fui andar pela cidade.
Visitei o Museu do Imigrante, almocei e fui pro hotel enrolar.
Umas 17h, peguei a mala-bike, o certificado, me despedi e fui pedalando até a rodoviária.
Cheguei lá às 17h30. Vazia. Nenhum guichê funcionando. Um bilhete no vidro dizia que funcionavam até as 16h no sábado. Abri o site da companhia e lá dizia que deveriam funcionar até as 19h. Eu não tinha como pegar a passagem. Não conseguia ligar para a empresa. Começou a escurecer e eu achei melhor desmontar a bicicleta e guardar na mala. Entrei no site novamente e lá dizia que eu tinha que ter a passagem impressa. Que a compra pela internet simplesmente não valia. Escureceu, o céu e o humor. A rodoviária parecia abandonada. A loja de guloseimas fechada, nenhuma luz acesa a não ser dos postes da rua atrás. Só um cachorro como companhia.
De São Paulo, minha namorada conseguiu ligar na rodoviária de Blumenau (obrigado, Angélica!), e de lá, pediram para o próprio motorista imprimir a passagem para mim. Ufa!

Uma última confusão para mostrar que a vida não é só de conquistas. Mas que no final tudo dá certo.


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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

10 Coisas Que Eu Amei no Japão

Foto: Rafael Helfstein


Fiz a minha primeira viagem ao Japão no final de 2017 e foram muitas coisas que amei na terra do Sol Nascente! Eu ficava impressionada com tudo o que eu vivia por lá. No fim do dia, chegava no hostel e corria pra contar minhas impressões para a Cecilia (que também escreve no Oysters'). Com base nos nossos papos, resolvi fazer uma listinha das coisas que eu amei no Japão! Esta lista é somente um ponto de vista pessoal, tem as impressões de uma turista que viajou por apenas 3 semanas pelo Japão. Quem mora lá provavelmente deve ter ideias e questões diferentes das minhas. Fiz também uma lista de coisas que odiei (leia aqui: 5 coisas que eu odiei no Japão), afinal nem tudo são flores, não é? Mas não tem como negar que o Japão é um outro planeta dentro deste planeta, só estando lá para saber. Impossível explicar em palavras o quanto aquele país é incrível, mas espero que essa listinha ajude a quem nunca foi, a entender um pouquinho o porquê das pessoas voltarem tão encantadas de lá!

Então lá vai a lista de coisas que eu AMEI no Japão:

1. Konbinis (7-eleven, Lawson, Family Mart, etc)

É uma das coisas mais maravilhosas do Japão! Não sei como falar sobre isso com um texto curto, então lá vem textão (juro que é só para esse item)! No Japão os konbinis estão por toda parte, existem mais de 50.000 no país, e ficam abertos 24h por dia, 365 dias do ano. Konbinis são lojas de conveniência, mas são diferentes do que estamos acostumados aqui. Você pode fazer de TUDO lá! Além do básico que já conhecemos (mercearia, higiene pessoal, papelaria, snacks, doces, “comidas”, revistas/jornais etc), nos konbinis o cliente também pode sacar dinheiro no caixa eletrônico, pagar contas, tirar xerox, mandar fax (sim, eles fazem isso), comprar ingressos, imprimir fotos, enviar correspondência e pode até enviar bagagens para algum outro lugar do país (hotéis ou aeroportos, útil para não ficar arrastando malas entre as cidades). Em algumas lojas também vi produtos da Muji (famosa rede japonesa minimalista com itens de decoração, vestuários etc.) a meias e roupas íntimas. Outras têm até banheiro para o público (e os turistas agradecem). Para completar, todas oferecem wi-fi gratuito, coisa que me salvou várias vezes durante a viagem. Mas a melhor parte mesmo era a comida. Comida japonesa de boa qualidade e muito barata! Tinha obentôs (marmita japonesa), oniguiris, sushis, sanduíches, snacks e muito mais (algumas têm até espaguete). E o cliente pode aquecer sua refeição no forninho disponível dentro da loja! Além da farta opção de comida, os konbinis oferecem bebidas quentes e frias, incluindo bebidas alcoólicas. Eu comia alguma coisa de lá todos os dias, sem exagero, porque além de bom, é muito barato. Não sei como seria a minha vida sem essas lojas de conveniência durante minha viagem ao Japão. Saudades, konbinis! ♥
 
Veja o vídeo abaixo da Helô Dela Rosa fazendo um tour em um FamilyMart:



2. Limpeza

As ruas são impecavelmente limpas! Não se vê um pedacinho de papel caído no chão, e se visse, pode ter certeza que alguém vai recolher. Não necessariamente um gari, qualquer pessoa mesmo. Frequentemente se vê voluntários catando lixo pela cidade com suas pinças, dessas de cozinha. Quando eu ia para aqueles lugares turísticos lotados que se deve tirar os sapatos e entrar descalço (geralmente templos), já pensava “ih, vai sujar a minha meia”. Mas não, esses lugares talvez sejam até mais limpos que o chão do meu quarto!

3. Máquinas de bebidas e máquinas de restaurantes

As máquinas de bebidas estão em todos os cantos do Japão. Se você tiver umas moedinhas no bolso, nunca passará sede. Existe uma grande variedade de bebidas quentes e frias na mesma máquina, e dá vontade de sair experimentando tudo! Já as máquinas de restaurantes, você escolhe seu prato nessa máquina (quase sempre ilustrado com fotos), e ela te dá uma fichinha. Entrega-se essa ficha para o atendente e pronto, eles trazem sua comida. É ótimo para os turistas que não falam japonês (já que falar inglês não tem muita utilidade por lá). Lembrando que em restaurantes comuns muitas vezes não existe cardápio em inglês ou ilustrado, muito menos alguém que possa te ajudar traduzindo.

Veja o vídeo abaixo e saiba mais:



4. Metrô silencioso e ordenado

É proibido falar no celular dentro do metrô no Japão, deixando-o no silencioso o tempo todo. Também é proibido assistir vídeos ou ouvir música sem fone de ouvido. Para quem odeia barulho assim como eu, o metrô no Japão é um paraíso, principalmente em Tokyo! Na cidade de Kyoto é um pouco mais barulhento, talvez porque tem muito turista (muito mais que Tokyo). E além do silêncio, todos costumam ser bem educados. Esperam os passageiros saírem do vagão antes de entrar, sem empurra-empurra, formam filas, respeitam o espaço dos outros. É o máximo (igual aqui, só que não)! Na verdade eu só comecei a amar o metrô do Japão depois que voltei para o Brasil e enfrentei o meu primeiro horário de pico após voltar de viagem. Triste! 

5. Cultura da reciclagem

É incrível ver como a coleta seletiva funciona bem no Japão. Todo mundo separa tudo direitinho. Sabe o que é ir em um fast food e as pessoas jogarem canudinho e tampa num lixo, copo no outro e papel sujo no outro? Vi isso com meus próprios olhos! Pode parecer cansativo, mas para mim é maravilhoso! Confesso que às vezes achei confuso, pois existem muitas divisões para a separação, então não sabia onde descartar o lixo corretamente. Mas a divisão basicamente é: lixo queimável, lixo não-queimável e lixo reciclável (e aí entram mais divisões). Achei muito legal ver como o país lida tão responsavelmente com sua produção de lixo.

Veja o vídeo abaixo que fala um pouco sobre a separação de lixo no Japão:


6. Crianças independentes

É impressionante ver criancinhas, de uns 6 ou 7 anos, transitando no metrô e na rua sozinhas numa cidade enorme como Tokyo (e no Japão todo, na verdade)! É uma cena muito comum por lá vê-las indo para escola, para o treino de baseball ou apenas passeando em grupo com os amigos, comendo algodão doce, tomando sorvete etc., sem acompanhamento de um adulto. No metrô em Tokyo eu vi uma mãe com 2 filhos (4 ou 5 anos, no máximo) indo ao banheiro: ela, no banheiro feminino, e os 2 meninos foram sozinhos no masculino. Uma coisa que não é comum aqui na nossa cultura. Além de independentes, eu sinto que lá eles são livres!

Veja o vídeo abaixo que fala um pouco sobre as crianças independentes no Japão:



7. Custo da viagem

Quando eu comecei a planejar a minha viagem, ao contrário da fama que o Japão leva,  já tinha percebido que não era tão caro assim viajar para lá. A hospedagem custou o mesmo que eu já paguei na Europa, passagem aérea também (promocional, claro). Mas não esperava que o resto todo fosse tão barato: comer é barato, passear é barato... Claro que tem coisas caras também (como em todo lugar), mas eu que sempre viajo economicamente, sem luxos, posso dizer que o Japão é muito mais em conta do que se imagina. Dependendo do seu perfil, é até mais barato que viajar para a Europa!

8. Não existe só sashimi pra comer


Muitos brasileiros acham que comida japonesa é só sushi e sashimi. Quando eu falo que não como peixe cru, 80% das pessoas retrucam: “Ué? Uma japonesa que não gosta de comida japonesa?”. Aí nesse momento eu faço aquele clássico ROLLING EYES porque sashimi não é nem 1% de tudo o que a gastronomia japonesa oferece. Você não vai encontrar sashimi em todo canto no Japão, não são muitos restaurantes que servem. A comida típica, do dia a dia mesmo, é comida quente: lámen, udon, sobá, karê, peixe grelhado, carne de porco, arroz com alguma carne empanada. Amei tudo, claro!

9. Bicicletas

Ninguém fala sobre isso, mas é impressionante como o Japão parece Amsterdam no quesito “bicicletas”. Sem exagero, tem ruas inteiras com bicicletas estacionadas, principalmente perto de estações de metrô. E eu não vi ciclovia em lugar nenhum, mas dá tudo certo pois os ciclistas respeitam os pedestres e os carros, e todos respeitam os ciclistas. O mais impressionante é que a maioria das bicicletas que eu vi estacionadas estavam sem cadeado, ficam lá livres, leves e soltas! Mas roubos acontecem de vez em quando, não achem que é 100% seguro. Enfim, Japão também é o país das bikes, quem diria!

10. Os japoneses! 

Eu não esperava ser tão bem tratada no Japão, mesmo já sabendo das histórias sobre isso. Encontrei por lá pessoas extremamente educadas, que pensam no próximo e que fazem seu trabalho da melhor forma possível. É inacreditável como você é bem tratado em lojas, no transporte público, na rua, em todo lugar. Mas na verdade não é nada absurdo, é somente respeito pelo cliente e pelo próximo. Impressiona porque nós brasileiros não estamos acostumados com essa empatia e cidadania tão aflorada, infelizmente. Nas ruas ao pedir informação, todos eram solícitos e tentavam me ajudar, mesmo que não falassem inglês. Assim que cheguei em Tokyo, por exemplo, perguntei para uma moça onde eu poderia comprar a Suica (bilhete único de lá). Ela desceu comigo os 3 andares até a máquina e comprou para mim, também me ensinando como fazer! Depois disso, fui ao balcão de informações perguntar como poderia chegar ao meu hostel, a atendente não só ajudou como mostrou o caminho mais barato e escreveu um passo a passo do caminho, com horários dos trens e baldeações usando diferentes cores de caneta (oi?)! Tem noção? Já cheguei chocada com o tratamento! Outra coisa que eu achei legal é como os japoneses são amigáveis. No bar, por exemplo, ninguém fica só falando com seu grupinho, todos interagem entre si. O melhor do Japão, com certeza são os japoneses! 

Como eu disse no começo, o Japão é um outro planeta dentro deste planeta. Tem que ir lá ver com os seus próprios olhos, acho que não há nada parecido no mundo! Claro que o país também tem suas falhas, mas confesso que a lista de coisas que "odiei" é bem menor que a das coisas que eu amei (veja aqui a lista das 5 coisas que eu odiei no Japão). Só sei que é improvável não sair de lá encantado e querendo voltar o mais rápido que puder. Impossível não amar o Japão! ♥


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5 Coisas Que Eu Odiei no Japão



Antes de mais nada, a lista de coisas que eu odiei no Japão na verdade é um odiei entre aspas. Nada do que eu não tenha gostado me fez realmente odiar o Japão. É só ver que a lista de coisas que amei é bem maior que a de coisas que eu odiei (leiam esse post: 10 coisas que eu amei no Japão). Mas também não existe lugar perfeito, não é? Essa lista tem as impressões de uma turista que viajou por apenas 3 semanas pelo Japão. Quem mora lá provavelmente deve ter ideias e questões diferentes das minhas, por isso é somente um ponto de vista pessoal, não uma crítica a esse país simplesmente INCRÍVEL!

Então lá vai a lista de coisas que eu odiei no Japão:

1. Cigarro e área de fumantes

No Japão as pessoas fumam demais! É permitido fumar na maioria dos lugares fechados, e mesmo se existe uma área para fumantes no ambiente, às vezes é só um espaço separado por uma linha no chão. Então aquele "futum" de fumaça se espalha no local. Eu, não fumante que detesta cheiro de cigarro, sofri! Imagina entrar em um Burger King, por exemplo, e sentir aquele cheiro horrível de cigarro? É muito estranho! Os fumantes devem amar, mas eu detestei! Foi a coisa que menos gostei no Japão.

2. Ausência de latas de lixo

É difícil encontrar latas de lixo nas ruas do Japão. A maioria dos japoneses guardam seus lixos o dia todo para depois descartar na lixeira adequada. Lá, tirando os orgânicos, tudo é reciclado, tudo mesmo! E todos seguem as regras da coleta seletiva e separam certinho. Então, no final das contas, esse item é daqueles que você ama e odeia ao mesmo tempo! É uma questão de costume, e é importante se adequar a cultura do país em que você está. Mas não tem como negar que não é muito conveniente ficar carregando seu lixo o dia todo quando se está viajando.

3. Placas na rua

É muito raro encontrar placas com o nome das ruas, nem em alfabeto romano, nem em japonês. Eu só vi placas (em romano) em Kyoto, mas somente para as avenidas principais. Como fazer para saber qual o nome da rua que você está? Impossível se localizar sozinho. O que eu fazia era sempre ter um mapa nas mãos e me guiar por ele. Ou, se eu continuasse perdida, procurava um wi-fi pra me encontrar no Google Maps.

4. Banheiros sem papel para enxugar as mãos

A maioria dos banheiros públicos no Japão, seja na rua, shoppings ou restaurantes, não tem papel nem secador para enxugar as mãos. Resultado: você sai com as mãos pingando mesmo! Acho que por isso todo mundo anda com lencinhos de papel de bolso por lá.

5. Distância e fuso

Japão, porque tão longe? Detesto essa distância tão grande entre o Brasil e o Japão. O voo é cruel (ainda mais com conexões longas), o fuso é cruel, a adaptação é cruel, não é fácil. Levei mais de uma semana para me adaptar ao fuso quando eu cheguei lá. Para se ter ideia, eu sentia sono super cedo, umas 20h já ia deitar, e acordava todos os dias sem despertador lá pelas 6h da manhã. Horrível! Na volta ao Brasil foi bem pior, eu não conseguia me manter acordada durante o dia na primeira semana! Além disso, por ser tão longe, a passagem é uma das mais caras. Se fosse mais perto acho que eu voltaria todo ano, haha. Porque tããão longe?

E no final das contas, mesmo odiando isso tudo, é impossível não amar o país do Sol Nascente.

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Nova York no Inverno: Dicas de Passeios

O que fazer em Nova York no inverno? Tudo! Faça absolutamente tudo o que você faria em outra estação, mas com aquele toque especial de neve e/ou frio te acompanhando.

Porém, antes de planejar o que fazer, pense em se proteger do frio. A mínima de temperatura que peguei lá foi -7ºC. Não é o pior dos mundos (eles dizem), mas imagine para quem estreou pela primeira vez na neve, como eu. Garanta na sua mala um bom casaco de inverno impermeável/corta-vento, roupas "segunda pele", roupas térmicas (até meias), roupas de lã (ou que imitem lã), botas ou tênis impermeáveis, luvas, cachecol e touca. E repita roupas, não precisa exagerar na bagagem.

Particularmente, viajar para Nova York no inverno foi muito marcante para mim por dois motivos: era minha primeira vez visitando Nova York e também era a minha primeira vez vendo a neve caindo. Sim, foi mágico! Por muitas vezes me vi dentro de cenas de filme, e outras nem tanto (como quando eu literalmente caí na real ao pisar na neve derretida e escorreguei na escadaria do metrô, ficando com o traseiro roxo).

Mas o que fazer mesmo em NYC no inverno?

Listamos abaixo alguns lugares imperdíveis que você deve ir. Confira!

Patinação no Gelo
Um clássico do inverno no hemisfério norte. Aproveite que está em NY e dê vexame (ou show) na patinação!

O famoso Rockfeller Center
Fonte: Tripadvisor | Usuário: Bernd S



A mais famosa pista de Nova York e do mundo. Confira as informações para esta temporada (via Visite Nova York e Dicas Nova York):
- Temporada: 7 de outubro de 2017 até abril de 2018
- Horário de abertura: as sessões de patinação duram 1h30, começam a partir das 8h30 da manhã e vão até a meia-noite.
- Valores: U$25 a U$35 para adultos e U$15 para crianças (até 11 anos). Aluguel de Patins: U$12.
- Localização: 45 Rockefeller Plaza.


O popular (e gratuito) Bryant Park
Maior que a pista da Rockfeller e com entrada gratuita, Bryant Park fica próximo da Times Square. Confira as informações para esta temporada (via Visite Nova York):
- Temporada: 28 de outubro de 2017 até 4 de março de 2018.
- Horário de abertura: diariamente das 8h às 22h.
- Valores: entrada gratuita. Aluguel de patins: U$25.
- Localização: 42nd Street (entre a 5th Avenue e a 6th Avenue).

As pistas do Central Park
Fonte: Tripadvisor | Usuário: Evelinconte

Quer patinar no Central Park? Vá até o rinque de patinação Wollman Rink. Confira as informações para esta temporada (via Visite Nova York):
- Temporada: 23 de outubro de 2017 até o 28 de fevereiro de 2018.
- Horário de abertura: Segunda e terça: 10h – 14h30 / Quarta e quinta: 10h – 22h / Sexta e sábado: 10h – 23h / Domingo: 10h – 21h
- Valores: U$12 de segunda a quinta / U$19 de sexta a domingo e feriados.
- Localização: 62nd Street (ao lado da Fifth Avenue - lado leste - do Central Park). 

Mais para a direção norte do parque, existe o rinque Lasker Rink (que no verão se torna uma piscina pública). Confira as informações para esta temporada (via Visite Nova York):
- Temporada: final de outubro de 2017 até meados de março de 2018.
- Horário de abertura: Segunda, Terça, Quinta: 9h30 - 16h / Quarta: 9h - 14h30 / Sexta: 9h30 - 14h50 e 18h - 23h / Sábado: 13h - 23h / Domingo: 12h30 - 16h30.
- Valores: U$8 para adultos e U$4 para crianças. Aluguel de patins:U$7.
- Localização: Central Park, altura da 107th Street, lado leste do parque (Fifth Avenue).

Comer
Comer no inverno requer coisas mais gordinhas e saborosas. Por isso listei aqui somente as delícias fat que experimentei por lá (também tem uma opçãozinha fit lá embaixo, vai)!

Max Brenner [chocolateria]
Fonte: Tripadvisor | Usuário Demetra Cyprus
Max Brenner é uma rede mundial de restaurante especializado em chocolate (que também servem refeições e lanches). Destaque para o fondue e pizza com marshmallow.
Endereço: 841 Broadway Street.

Hometown Bar-B-Que [churrasco]
Fonte: Tripadvisor | Usuário Mfsnyder11050

Restaurante rústico no bairro do Brooklyn, com chopp artesanal e Brooklyn style barbeque (churrasco de bacon e costela defumados). Também existem opções gluten free e vegetarianas.
Endereço: 454 Van Brunt Street, Brooklyn.

Chelsea Market [mercado/feira]
Um enorme e charmoso galpão com vários tipos de restaurantes, snacks rápidos, feira e lojinhas com acessórios para cozinha.
Endereço: 75 9th Avenue.

Gray's Papaya [hot-dog]
O mais famoso e saboroso hot-dog de Nova York (não que eu tenha comido todos, mas é o que dizem). Salsicha estilo Frankfurter assada na hora. O lugar é simples, sem cadeiras e mesas. Combo refri+dog por apenas U$ 5,99!
Endereço: 2090 Broadway Ste 1.

Shake Shack [hamburgueria]
Famosa rede de fast food com hambúrgueres e fritas muito saborosos! Destaque para 'Shroom Burger, hambúrguer de cogumelo portobello empanado recheado com queijo. Ah, serve-se chopp!
São 10 lanchonetes em Nova York, confira clicando aqui.

Katz's Deli [lanches]


O clássico sanduíche de pastrami dá a fama ao local. O restaurante também é lembrado pela cena abaixo do filme Harry e Sally. De fato tem uma indicação na mesa em que eles se sentaram. Você ousaria reproduzir esta cena? Se sim, me chame.
Endereço: 205 E Houston Street.



Artichoke Basille's Pizza
Fonte: Tripadvisor | Usuário Federica C

Pizza vendida inteira ou em pedaços e sinceramente, uma das mais saborosas que já provei. Experimente a deliciosa pizza de alcachofra, que dá nome ao local.
Vários endereços, confira aqui.

Fairway Market e Whole Foods Market [mercados]
Se quiser consumir comidas saudáveis, prontas ou para cozinhar onde está hospedado, estes dois mercados têm ótimas opções. Veja os endereços nos respectivos sites.

Flanar
O famoso "dar uma rodada por aí", "bater perna". Por isso, agasalhe-se bem e bora flanar!

Central Park
Central Park coberto de neve pode ser um passeio de um dia inteiro se você parar para admirar as vistas, os esquilos, os lagos, os pontos turísticos. Realmente inspirador! Provavelmente você passará mais de uma vez por lá.

Andar de bicicleta por Nova York

Tenha um cartão de crédito em mãos e alugue uma bike nessas máquinas espalhadas pela cidade. Nova York não é um lugar bike friendly (ciclovias são bem limitadas), mas os motoristas new yorkers são muito cordiais com o povo de duas rodas. Passeio altamente recomendado em dias que não estejam nevando!

Brooklin Bridge


Atravessar a pé a clássica ponte que liga o distrito de Brooklyn com Manhattan é inesquecível. Vá sem pressa e curta todo o rush e vista da cidade. Eu fui apenas à noite, mas gostaria de ter ido durante o dia também. Faça isso por mim!

Bairro Red Hook [Brooklyn]
Red Hook é um bairro revitalizado do Brooklyn, sendo hoje um lugar charmoso, com ótimos lugares para comer e beber (Hometown Bar-B-Que, por exemplo). Passeie pelo píer do canal Red Hook, de lá é possível observar a Estátua da Liberdade.

Times Square


Parada obrigatória, seja de dia ou de noite! Perca horas assistindo os luminosos do quarteirão. E provavelmente você passará muitas vezes por lá na sua visita.

Wall Street


Wall Street é o coração do distrito financeiro de Nova York, onde está localizada a Bolsa de Valores. Lá você pode visitar o Trump Building, a Igreja Trinity, tirar foto com as estátuas da menina que encara o Touro (Fearless Girl Statue) e o próprio Touro de Bronze. Tem até fila para alisar as "partes" do bicho, que dizem que traz sorte!

Memorial 11 de Setembro
O local fica próximo a Wall Street. Possui dois memoriais idênticos (um para homenagear as vítimas de cada torre) e um museu sobre o fatídico dia que mudou a cidade e o mundo.
Endereço: 180 Greenwich Street.

Chinatown
Um bairro inteiro com lojas, mercados e restaurantes orientais, mas também com muitas bugigangas. Dica: compre lá souvenirs para presentear os amigos, é muito mais em conta.

Biblioteca Pública de Nova York
Icônica obra da arquitetura nova iorquina, é uma das mais marcantes e importantes bibliotecas do mundo. Seu prédio também faz parte de cenas de filmes e séries americanas, com destaque para o filme O Dia Depois de Amanhã. A Árvore de Natal montada no hall da biblioteca soma ao charme de suas escadarias, paredes e chão de mármore.
Endereço: 476 5th Avenue.

Grand Central Terminal
Também muito familiar pelos filmes e séries, a Grand Central vai além de uma estação de metrô/trem. É um grande complexo de compras e gastronomia, além de um ponto turístico com arquitetura marcante.
Dica: Procure pela Whispering Gallery (Galeria do Sussurro). Esta galeria possui uma propriedade acústica interessante: quando duas pessoas estão em arcos diagonais (uma pessoa em cada ponta) e sussurram para a parede, elas podem "se ouvir" perfeitamente. Não há sinalização, mas é localizado em frente ao Oyster Bar & Restaurant.
Endereço: 89 e 42nd Street.

Passeios Pagos
Museu da História Natural


O museu também é velho conhecido nosso pelos filmes e séries, com destaque para o Uma Noite No Museu. O acervo passa por bonecos simulando povos antigos e atuais, fauna e flora de todos os tipos, além de peças históricas da humanidade.
Endereço: Central Park West & 79th Street.

Empire State Building


Nova York tem algumas opções de observatórios (veja aqui), mas optamos pelo Empire State para também visitar o lendário prédio por dentro. Não me arrependi da escolha porque além de ser o mais alto, a experiência é inesquecível: a arquitetura retrô, as peças de museu e fotos que contam mais sobre a história da construção e claro, a vista, valem muito a pena!
Endereço: Central Park West & 79th Street (Upper West Side)

Espetáculo O Rei Leão na Broadway
Ir a um espetáculo na Broadway é quase um dever em alguma das suas idas para Nova York. Prepare seu bolso porque é um investimento alto (ainda mais que também existem alguns fatores convincentes lá dentro como drinks, pipoca, souvenirs etc.).
O espetáculo escolhido foi O Rei Leão e não poderíamos ter acertado mais! Encantador e surpreendente do começo ao fim.
Dica: procure os postos da TKTS para ingressos mais baratos na Broadway. Claro que depende da peça, de horários e dias (e da sorte também).
Endereço: 200 W 45th Street (Minskoff Theatre).

Comprar
As dicas abaixo são do post da Joyce Ramos. Você pode conferí-las por completo clicando aqui:

Woodbury Common Premium Outlets
Outlet a céu aberto, com uma linda vista para as montanhas e com mais de 200 lojas de marcas famosas fica em upstate New York, cerca de 1 hora de distância de Manhattan.
Endereço: 498 Red Apple Court, Central Valley-NY.

Jersey Gardens [outlet]
Outlet coberto estilo shopping, não tão grande quanto o Woodbury mas também dá para passar o dia fazendo compras. Fica localizado na cidade de New Jersey.
Endereço: 651 Kapkowski Road, Elizabeth-NJ.

Target [loja de departamento etc.]
A Target funciona como um hipermercado, com cara de loja de departamento, toques de loja de brinquedos, farmácia, eletrônicos e muito mais. A melhor de NY fica no Brooklyn.
Endereços: Atlantic Terminal, 139 Flatbush Avenue (Brooklyn) / East River Plaza, 517 East 117th Street (Harlem).

Macy's [shopping]

A maior loja do mundo é a preferida dos turistas em NY. Ao entrar, procure o balcão de atendimento e peça um mapa. 
Endereço151 West 34th Street

Walgreens/CVS/Duane Reade [farmácias]
Misto de farmácia com supermercado, livraria e todas as conveniências necessárias. Walgreens e CVS estão presentes em todo o território americano, já a Duane Reade só tem em NYC. Você com certeza vai se deparar com muitas espalhadas por Manhattan. E a maioria delas fica aberta 24 horas.

Toys"R"Us [loja de brinquedos]

Loja de brinquedos na Times Square. Todos enlouquecem com a roda gigante bem no meio da loja, com os rugidos do Tiranossauro Rex animatrônico, com a casa da Barbie em tamanho real e as demonstrações ao vivo das novidades no mundo dos brinquedos.
Endereço: 1514 Broadway com 44th Street

UNIQLO [loja de roupas e acessórios]
Marca japonesa básica e moderna, a UNIQLO tem peças com tecidos ultra tecnológicos para esportes ou proteção do frio.
A loja possui vários endereços na cidade, confira clicando aqui.

MoMA Design Store [loja de souvenirs]
Esta é para os fãs de design, com uma variedade incrível de acessórios, utilidades domésticas, decoração, papelaria e presentes super criativos, inteligentes, originais. O valor de todas as vendas é destinado para o apoio de projetos do Museum of Modern Art.
Endereço: 81 Spring Street (SoHo).


Gostou da dicas? Tem mais alguma para compartilhar com a gente? Deixe seu comentário!

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