Você tem dois dias livres e está buscando fazer uma viagem contemplativa e tranquila? Então sugiro que você conheça Inhotim, distrito de Brumadinho, em Minas Gerais!
Imagina uma fazenda. Tire as plantações, o gado e o celeiro, e coloque obras de arte espalhadas para todo lado. E também plantas, árvores e flores harmoniosamente distribuídas. Adicione o som de pássaros. Inhotim é mais ou menos isso!
Saímos de São Paulo de carro, e levamos umas 8 horas para chegar na Pousada Dona Carmita (reservas via Booking.com) em Brumadinho (a 60 km de Belo Horizonte). A cidade é pequena, simples, mas tem uma certa estrutura turística. Dá para chegar à cidade de ônibus, saindo da capital, mas até o Centro de Arte Contemporânea Inhotim são mais uns 10 km de distância.
Inhotim é um instituto que abriga o maior acervo de arte contemporânea do Brasil, sendo considerado o maior centro de arte ao ar livre da América Latina. Bernardo Paz, empresário da área siderúrgica e mineradora, inaugurou o Instituto em 2004 e colocou sua coleção de arte contemporânea aberta para visitação pública.
Diz a lenda que o terreno pertencia a uma mineradora e que seu encarregado chamava Senhor Timothy (daí o nome da cidade, "Nhô Tim").
São 18 galerias que abrigam mais de 400 obras de artistas como Cildo Meireles, Tunga, Vik Muniz, Hélio Oiticica, Ernesto Neto, Matthew Barney, Doug Aitken, Chris Burden, Yayoi Kusama, Paul McCarthy, Zhang Huan, Valeska Soares, Marcellvs e Rivane Neuenschwander e Adriana Varejão.
Além das obras, Inhotim é um imenso Jardim Botânico, cercado de mata nativa, com um importante acervo de plantas raras. É bom para ir com a família, com as crianças, com a vovó, de casalzinho, com os amigos, ou até forever alone.
Inhotim abre às 9h30 (exceto às segundas-feiras), e não é necessário chegar mais cedo que isso. O ingresso custa R$ 25 durante a semana e R$ 40 nos finais de semana e feriados. Já na quarta-feira, a entrada é gratuita. Além disso, possui um amplo estacionamento na entrada.
Já faço duas sugestões aqui: se você leu o começo do texto, eu disse que é uma passeio para dois dias. E realmente acho que é o mínimo para se ver tudo com relativa calma. Então, recomendo que você adquira ingressos para os 2 dias: primeiramente porque tem desconto, e também porque você não precisa pegar fila no caixa no dia seguinte.
A outra recomendação é, pelo menos para 1 dia, adquirir o ticket para o transporte interno. Há galerias bastante afastadas, no alto do morro, e você vai perder muito tempo andando e tomando sol na moleira para chegar lá. Então pegue o ticket e se planeje para visitar as obras mais distantes, no conforto do carrinho elétrico, com motorista e vento nos cabelos. Mas não se iluda, você vai ter que andar de qualquer forma. Então vá confortável, de tênis, roupa clara, protetor solar, água etc.
Há 2 restaurantes no complexo. De gastronomia relativamente refinada e decoração também feita por artistas. Apesar de não ser barato, o preço é justo e evita que você tenha que carregar a marmita na mochila o dia todo. Veja aqui o mapa do parque.
No primeiro dia visitamos as galerias mais afastadas do setor laranja e rosa, para fazer uso do carrinho. Começamos pela Galeria Psicoativa e fomos circundando o setor laranja no sentido horário. À tarde passamos para a circuito rosa. Deixamos a parte central, mais próxima da portaria, para transitar a pé no segundo dia.
Talvez você não goste de Arte Contemporânea. Talvez você olhe para uma obra daquelas e não veja muito sentido. Tudo bem também. Porque mesmo assim, não tem como você não achar o lugar bonito e curtir de alguma forma.
Para maiores informações, visite o site: www.inhotim.org.br. E uma boa viagem!
James Vaccari é diretor de arte e designer enquanto não viaja. Quando está viajando se mete a fotografar o que vê e a desenhar uma coisa ou outra. Prefere viajar para onde as pessoas normais se preocupariam com banho e banheiro, e gosta de andar muito. Também é instrutor de montanhismo e escalada.
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