terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Relato de viagem: 2 dias em Inhotim

O post de hoje é uma colaboração do nosso amigo James Vaccari, que fez uma viagem incrível para Inhotim, Minas Gerais. Esperamos que gostem deste relato!

Você tem dois dias livres e está buscando fazer uma viagem contemplativa e tranquila? Então sugiro que você conheça Inhotim, distrito de Brumadinho, em Minas Gerais!

Imagina uma fazenda. Tire as plantações, o gado e o celeiro, e coloque obras de arte espalhadas para todo lado. E também plantas, árvores e flores harmoniosamente distribuídas. Adicione o som de pássaros. Inhotim é mais ou menos isso!



Saímos de São Paulo de carro, e levamos umas 8 horas para chegar na Pousada Dona Carmita (reservas via Booking.com) em Brumadinho (a 60 km de Belo Horizonte). A cidade é pequena, simples, mas tem uma certa estrutura turística. Dá para chegar à cidade de ônibus, saindo da capital, mas até o Centro de Arte Contemporânea Inhotim são mais uns 10 km de distância.

Inhotim é um instituto que abriga o maior acervo de arte contemporânea do Brasil, sendo considerado o maior centro de arte ao ar livre da América Latina. Bernardo Paz, empresário da área siderúrgica e mineradora, inaugurou o Instituto em 2004 e colocou sua coleção de arte contemporânea aberta para visitação pública.
Diz a lenda que o terreno pertencia a uma mineradora e que seu encarregado chamava Senhor Timothy (daí o nome da cidade, "Nhô Tim").






São 18 galerias que abrigam mais de 400 obras de artistas como Cildo Meireles, Tunga, Vik Muniz, Hélio Oiticica, Ernesto Neto, Matthew Barney, Doug Aitken, Chris Burden, Yayoi Kusama, Paul McCarthy, Zhang Huan, Valeska Soares, Marcellvs e Rivane Neuenschwander e Adriana Varejão.

Além das obras, Inhotim é um imenso Jardim Botânico, cercado de mata nativa, com um importante acervo de plantas raras. É bom para ir com a família, com as crianças, com a vovó, de casalzinho, com os amigos, ou até forever alone.









Inhotim abre às 9h30 (exceto às segundas-feiras), e não é necessário chegar mais cedo que isso. O ingresso custa R$ 25 durante a semana e R$ 40 nos finais de semana e feriados. Já na quarta-feira, a entrada é gratuita. Além disso, possui um amplo estacionamento na entrada.
Já faço duas sugestões aqui: se você leu o começo do texto, eu disse que é uma passeio para dois dias. E realmente acho que é o mínimo para se ver tudo com relativa calma. Então, recomendo que você adquira ingressos para os 2 dias: primeiramente porque tem desconto, e também porque você não precisa pegar fila no caixa no dia seguinte.

A outra recomendação é, pelo menos para 1 dia, adquirir o ticket para o transporte interno. Há galerias bastante afastadas, no alto do morro, e você vai perder muito tempo andando e tomando sol na moleira para chegar lá. Então pegue o ticket e se planeje para visitar as obras mais distantes, no conforto do carrinho elétrico, com motorista e vento nos cabelos. Mas não se iluda, você vai ter que andar de qualquer forma. Então vá confortável, de tênis, roupa clara, protetor solar, água etc.













Há 2 restaurantes no complexo. De gastronomia relativamente refinada e decoração também feita por artistas. Apesar de não ser barato, o preço é justo e evita que você tenha que carregar a marmita na mochila o dia todo. Veja aqui o mapa do parque.



No primeiro dia visitamos as galerias mais afastadas do setor laranja e rosa, para fazer uso do carrinho. Começamos pela Galeria Psicoativa e fomos circundando o setor laranja no sentido horário. À tarde passamos para a circuito rosa. Deixamos a parte central, mais próxima da portaria, para transitar a pé no segundo dia.




Talvez você não goste de Arte Contemporânea. Talvez você olhe para uma obra daquelas e não veja muito sentido. Tudo bem também. Porque mesmo assim, não tem como você não achar o lugar bonito e curtir de alguma forma.

Para maiores informações, visite o site: www.inhotim.org.br. E uma boa viagem!





James Vaccari é diretor de arte e designer enquanto não viaja. Quando está viajando se mete a fotografar o que vê e a desenhar uma coisa ou outra. Prefere viajar para onde as pessoas normais se preocupariam com banho e banheiro, e gosta de andar muito. Também é instrutor de montanhismo e escalada.


terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Roteiro: o que fazer em Haia (Holanda)



Você pode não saber muita coisa sobre a cidade de Haia (Den Haag, em holandês) mas com certeza já ouviu falar dela, provavelmente no noticiário ou no jornal, comentando sobre política ou coisa do tipo. Apesar da capital da Holanda (e a queridinha do turismo) ser Amsterdam, a sede do governo holandês fica em Haia. É onde estão todas as embaixadas e ministérios, é o centro político do país e também onde vive a família real. É simplesmente a cidade onde as políticas, diplomacias e negócios acontecem. Mas nem por isso Haia é uma cidade séria, sisuda e formal, como podem imaginar. Muito pelo contrário, ela mantém aquele charminho de cidade tradicional holandesa, e tem muita coisa legal pra se ver e fazer por lá. Tem até praia, acredita?

Como chegar
O jeito mais fácil de se chegar lá é indo de trem. Os trens partem mais ou menos de 10 em 10 minutos tanto da estação central de Amsterdam, quanto da estação central de Rotterdam. O trajeto leva 50 minutos saindo de Amsterdam e apenas 25 minutos saindo de Rotterdam. É possível fazer um bate-volta a partir de qualquer uma das duas cidades, caso você não queira pernoitar em Haia.

O que fazer
Em 1 dia dá pra conhecer todos os principais pontos turísticos da cidade. Mas se você quer aproveitar para também conhecer o balneário de Haia (praia!) e fazer tudo com calma, talvez seja legal ficar um dia a mais. A maioria das atrações turísticas ficam próximas da estação de trem, então dá pra fazer quase tudo andando.

Mauritiushuis
O destaque desse museu é a famosa pintura “Moça com Brinco de Pérola” do Vermeer e o mais famoso ainda “Lição de Anatomia do Dr. Tulp” do Rembrandt. Sem falar que a Mauritiushuis (casa de Maurício) é literalmente a casa de um Maurício, o Maurício de Nassau, conhecido por nós das aulas de história.
Mais informações: www.mauritshuis.nl
Curiosidade sobre a foto: quando fui pra Haia, os policiais estavam fazendo um protesto bem na frente do museu, pediam aumento de salário. Estava a maior bagunça nos arredores, havia muitos repórteres, políticos sendo vaiados, e turistas sem entender nada (eu), haha.

Binnenhof + Ridderzaal
Binnenhof é o complexo de edifícios que é o centro político de Haia, todos os assuntos de Estado são discutidos aqui. É possível fazer um tour guiado no Ridderzaal (Salão dos Cavaleiros) e na Câmara do Parlamento. Mais informações sobre o tour aqui.

Paleis Noordeinde

O palácio de Noordeinde é onde a Rainha Máxima trabalha. Não é aberto ao público, então por aqui é só uma passada rápida para tirar foto. A rua onde fica o palácio é mais interessante que o palácio em si, você encontra várias lojinhas, livrarias, cafés e galerias de arte. Vale passar por lá!

Escher in Het Paleis

Esse museu é dedicado a M.C. Escher, um artista holandês famoso pelas suas obras que brincam com a ilusão de ótica, metamorfoses e construções impossíveis aos nossos olhos (superficialmente falando). Ele possui um acervo super completo e muitas instalações interativas. Sou suspeita pra falar, afinal sempre fui super fã do Escher, mas considero-o como um dos museus mais interessantes que eu já fui. Vale a visita!
Mais informações: www.escherinhetpaleis.nl

Vredespaleis
Foto: Wikipedia


O Vredespalais (Palácio da Paz) abriga a Corte Internacional de Justiça e a Corte Permanente de Arbitragem, por isso é conhecido como "A Sede do Direito Internacional". A construção do palácio foi uma cooperação coletiva de vários países do mundo todo. Lá encontramos vaso da Rússia, porta da Bélgica, carpete do Japão e assim vai! É aberto para visitação de terça a domingo.
Mais informações: www.vredespaleis.nl

Maduro Dam
Foto: Russavia


É uma parque de miniaturas de lugares turísticos da Holanda. Miniaturas de casas, canais, campos de tulipas, moinhos e muito mais. É um ótimo lugar pra se visitar se você está com crianças, Mas eu, particularmente, achei a entrada um pouco cara (custa € 14,50).
Mais informações: www.madurodam.nl

Scheveningen 

Sim, também tem praia na Holanda! E o balneário de Scheveningen é o mais popular de todos. Além da praia (claro), lá você encontra cinema, cassino, museus, lojas, escolas de surfe, vários restaurantes e vários bares. Se estiver por lá no verão, melhor ainda!


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